O desenvolvimento de Patrocínio é resultado direto de esforços feitos ao longo de muitos anos e da vocação econômica da cidade. Desculpe mas, se a frase pareceu óbvia, porque é tão comum encontrarmos análises superficiais e imediatistas da realidade? Porque é tão comum ouvirmos propostas ou idéias que simplesmente ignoram essa trajetória e essa vocação? Se é tão óbvio que precisamos trabalhar com horizontes mais distantes (e amplos), porque tantos insistem em caminhar olhando para a ponta dos próprios pés? Temos que colher hoje o que foi plantado antes e temos que plantar agora a Patrocínio que queremos colher no futuro.
Com certa liberdade, podemos dizer que Patrocínio não foi construída, foi plantada. Explico: durante toda a história de seus quase 170 anos a cidade se sustentou na agricultura. Avaliando os indicadores econômicos da cidade, encontraremos o setor de serviços com resultados duas vezes maiores que os da agricultura. A indústria, pobre, não alcança metade dos resultados da agricultura. Tudo isso segundo a divisão do PIB pelo IBGE. Não faz muito tempo, alguém desafiou: de onde vem o dinheiro que consome esses serviços? Em torno do que gira essa indústria? É fácil mostrar como a agricultura é a mola mestra da economia da cidade, sua principal vocação econômica.
No entanto, não damos a essa vocação a atenção e o peso que ela deveria ter. Sem apologia ou militância, sem conservadorismo ou resistência ao “progresso”. É preciso inovar e crescer. É preciso promover mudanças. É preciso abrir novas portas e aproveitar as oportunidades. Mas nossa ânsia pelo desenvolvimento freqüentemente distorce nossa percepção dessa vocação. Podemos nos complicar se negligenciarmos a agricultura ao nos dedicarmos a melhorar a moradia, a educação, o trânsito e a segurança urbanos só. Urbanos só. Para promover o desenvolvimento da cidade, é preciso considerar sua história, seu presente e sua vocação.
Há inúmeros destinos e muitos caminhos possíveis mas só um ponto de partida. Podemos trabalhar para que Patrocínio seja, teoricamente, qualquer cidade que quisermos. Mas alguns destinos estão mais próximos exatamente porque consideram o que temos hoje e o que foi feito para chegarmos até aqui. Por isso também, alguns projetos são mais consistentes, mais sólidos. São também mais sustentáveis porque partem das potencialidades da população e da cidade e os multiplicam. É preciso saber bem onde estamos para pensarmos em caminhos a seguir e destinos a alcançar.
Portanto, o lugar em que estamos precisa ser base, não armadilha. Não precisamos ser um pólo agrícola para sempre mas não podemos desconsiderar essa realidade em nenhum momento. Se o mundo passou por uma trajetória que foi da agricultura, para a indústria e para os serviços – ou a economia do conhecimento – podemos buscar a mesma trajetória, podemos queimar etapas e passar direto para a era do conhecimento, podemos inventar caminhos novos e só nossos. Mas isso só será possível a partir de uma base sólida. Podemos reinventar Patrocínio. Para não ficarmos presos à história, para não perdermos a chance de construirmos a cidade que queremos, precisamos saber bem onde estamos hoje.
O campo e a cidade são um só hoje. Algumas características são exclusivas do campo, outras da cidade. Mas funcionamos juntos. Se o campo vai mal, a economia toda vai mal. Pensar em desenvolvimento a partir de uma perspectiva estritamente rural ou estritamente urbana vai nos impedir de avançar com firmeza. A própria separação entre “cidade e roça” deveria ser estranha para nós. Mesmo quem sonha com uma Patrocínio industrial ou especializada em serviços precisa considerar que, no passado e ainda hoje, vivemos do campo. Quem sonha com o campo revigorado, precisa incluir a cidade como peça fundamental para viabilizar esse sonho e perpetuá-lo no futuro. Patrocínio é uma só hoje. É nessa terra que estamos plantando a cidade que colheremos no futuro.
Com certa liberdade, podemos dizer que Patrocínio não foi construída, foi plantada. Explico: durante toda a história de seus quase 170 anos a cidade se sustentou na agricultura. Avaliando os indicadores econômicos da cidade, encontraremos o setor de serviços com resultados duas vezes maiores que os da agricultura. A indústria, pobre, não alcança metade dos resultados da agricultura. Tudo isso segundo a divisão do PIB pelo IBGE. Não faz muito tempo, alguém desafiou: de onde vem o dinheiro que consome esses serviços? Em torno do que gira essa indústria? É fácil mostrar como a agricultura é a mola mestra da economia da cidade, sua principal vocação econômica.
No entanto, não damos a essa vocação a atenção e o peso que ela deveria ter. Sem apologia ou militância, sem conservadorismo ou resistência ao “progresso”. É preciso inovar e crescer. É preciso promover mudanças. É preciso abrir novas portas e aproveitar as oportunidades. Mas nossa ânsia pelo desenvolvimento freqüentemente distorce nossa percepção dessa vocação. Podemos nos complicar se negligenciarmos a agricultura ao nos dedicarmos a melhorar a moradia, a educação, o trânsito e a segurança urbanos só. Urbanos só. Para promover o desenvolvimento da cidade, é preciso considerar sua história, seu presente e sua vocação.
Há inúmeros destinos e muitos caminhos possíveis mas só um ponto de partida. Podemos trabalhar para que Patrocínio seja, teoricamente, qualquer cidade que quisermos. Mas alguns destinos estão mais próximos exatamente porque consideram o que temos hoje e o que foi feito para chegarmos até aqui. Por isso também, alguns projetos são mais consistentes, mais sólidos. São também mais sustentáveis porque partem das potencialidades da população e da cidade e os multiplicam. É preciso saber bem onde estamos para pensarmos em caminhos a seguir e destinos a alcançar.
Portanto, o lugar em que estamos precisa ser base, não armadilha. Não precisamos ser um pólo agrícola para sempre mas não podemos desconsiderar essa realidade em nenhum momento. Se o mundo passou por uma trajetória que foi da agricultura, para a indústria e para os serviços – ou a economia do conhecimento – podemos buscar a mesma trajetória, podemos queimar etapas e passar direto para a era do conhecimento, podemos inventar caminhos novos e só nossos. Mas isso só será possível a partir de uma base sólida. Podemos reinventar Patrocínio. Para não ficarmos presos à história, para não perdermos a chance de construirmos a cidade que queremos, precisamos saber bem onde estamos hoje.
O campo e a cidade são um só hoje. Algumas características são exclusivas do campo, outras da cidade. Mas funcionamos juntos. Se o campo vai mal, a economia toda vai mal. Pensar em desenvolvimento a partir de uma perspectiva estritamente rural ou estritamente urbana vai nos impedir de avançar com firmeza. A própria separação entre “cidade e roça” deveria ser estranha para nós. Mesmo quem sonha com uma Patrocínio industrial ou especializada em serviços precisa considerar que, no passado e ainda hoje, vivemos do campo. Quem sonha com o campo revigorado, precisa incluir a cidade como peça fundamental para viabilizar esse sonho e perpetuá-lo no futuro. Patrocínio é uma só hoje. É nessa terra que estamos plantando a cidade que colheremos no futuro.
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