*Artigo de Luiz Carlos Pôrto
A perda da grande Zilda Arns no terremoto do Haiti nos fez conhecer melhor e analisar sua luta a favor dos brasileiros mais necessitados.
Seu trabalho à frente da Pastoral da Criança é uma lição de como devemos implantar com eficiência os conceitos de sustentabilidade nas empresas e em toda a sociedade. Os princípios e a metodologia empregados pela Pastoral devem servir de exemplo para as empresas.
Entendo que os seguintes princípios básicos deveriam ser copiados:
1. A DESIGUALDADE É INSUSTENTÁVEL
Um dos Princípios da Sustentabilidade criados pelo médico sueco Karl Robert diz que “todas as pessoas devem ter suas necessidades básicas atendidas em todas as partes do mundo”. Não podemos falar em sustentabilidade enquanto o nível atual de desigualdade persistir no mundo. Zilda Arns sabia que combater a desigualdade deve ser a prioridade número um.
Uma empresa precisa de uma política social robusta.
2. O MAIS IMPORTANTE SÃO AS PESSOAS
Mais do que qualquer metodologia, certificação ou software, as pessoas são a chave para a implantação do conceito de sustentabilidade em uma empresa. Sem pessoas bem capacitadas, motivadas e comprometidas com os princípios e os objetivos do trabalho, não se alcançará o sucesso necessário.
Beto Sicupira, sócio da Ambev, em recente entrevista para a revista Exame disse: “A melhor ideia, sem gente boa, não vai a lugar algum”.
A Pastoral da Criança valoriza a capacitação contínua dos voluntários e o incrível poder de multiplicação que essas pessoas têm na comunidade. Do mesmo modo, os colaboradores da empresa devem ter capacidade para compreender e aplicar o conceito de sustentabilidade no seu dia a dia e também multiplicar essa ação na sociedade.
3. SEJA SIMPLES E EFICIENTE
Hoje em dia há uma tendência de sofisticação. Novas ferramentas e softwares de gestão com nomes pomposos surgem aos montes. Precisamos é de ideias e ações simples e eficientes.
O trabalho da Pastoral da Criança era extremamente eficiente com a maior simplicidade. Se o problema principal era a mortalidade infantil por desnutrição, foi criada a multimistura, alimento de alto valor nutritivo feito de farelos e farinhas de cereais, sementes de vegetais, etc., a um custo baixíssimo. Se a diarreia infecciosa precisava ser combatida, usava-se o soro caseiro.
4. FALTA DE DINHEIRO NÃO É DESCULPA
O que mais ouço nas empresas, principalmente nas pequenas e médias, é que não há recursos financeiros para implantar um programa de sustentabilidade. Não depende de dinheiro. O importante é a capacitação das pessoas e a gestão do processo.
Jaime Lerner, grande urbanista, ex-prefeito de Curitiba, diz sempre: “quer boas ideias, corte um zero do orçamento”.
O trabalho da Pastoral da Criança, indicado ao Prêmio Nobel da Paz, tem um custo mensal de R$ 1,66 por criança atendida!!!
5. USE POUCOS E BONS INDICADORES DE DESEMPENHO
O uso de indicadores de desempenho está na moda nas empresas. Assim, o que mais vemos hoje são sistemas com dezenas de indicadores, muitos dos quais irrelevantes e difíceis de medir.
A Pastoral da Criança usa apenas um indicador básico, simples e eficiente para medir o desempenho do trabalho: o peso da criança.
*Luiz Carlos Pôrto é engenheiro sanitário e diretor técnico da Silva Porto Consultoria Ambiental.
A perda da grande Zilda Arns no terremoto do Haiti nos fez conhecer melhor e analisar sua luta a favor dos brasileiros mais necessitados.
Seu trabalho à frente da Pastoral da Criança é uma lição de como devemos implantar com eficiência os conceitos de sustentabilidade nas empresas e em toda a sociedade. Os princípios e a metodologia empregados pela Pastoral devem servir de exemplo para as empresas.
Entendo que os seguintes princípios básicos deveriam ser copiados:
1. A DESIGUALDADE É INSUSTENTÁVEL
Um dos Princípios da Sustentabilidade criados pelo médico sueco Karl Robert diz que “todas as pessoas devem ter suas necessidades básicas atendidas em todas as partes do mundo”. Não podemos falar em sustentabilidade enquanto o nível atual de desigualdade persistir no mundo. Zilda Arns sabia que combater a desigualdade deve ser a prioridade número um.
Uma empresa precisa de uma política social robusta.
2. O MAIS IMPORTANTE SÃO AS PESSOAS
Mais do que qualquer metodologia, certificação ou software, as pessoas são a chave para a implantação do conceito de sustentabilidade em uma empresa. Sem pessoas bem capacitadas, motivadas e comprometidas com os princípios e os objetivos do trabalho, não se alcançará o sucesso necessário.
Beto Sicupira, sócio da Ambev, em recente entrevista para a revista Exame disse: “A melhor ideia, sem gente boa, não vai a lugar algum”.
A Pastoral da Criança valoriza a capacitação contínua dos voluntários e o incrível poder de multiplicação que essas pessoas têm na comunidade. Do mesmo modo, os colaboradores da empresa devem ter capacidade para compreender e aplicar o conceito de sustentabilidade no seu dia a dia e também multiplicar essa ação na sociedade.
3. SEJA SIMPLES E EFICIENTE
Hoje em dia há uma tendência de sofisticação. Novas ferramentas e softwares de gestão com nomes pomposos surgem aos montes. Precisamos é de ideias e ações simples e eficientes.
O trabalho da Pastoral da Criança era extremamente eficiente com a maior simplicidade. Se o problema principal era a mortalidade infantil por desnutrição, foi criada a multimistura, alimento de alto valor nutritivo feito de farelos e farinhas de cereais, sementes de vegetais, etc., a um custo baixíssimo. Se a diarreia infecciosa precisava ser combatida, usava-se o soro caseiro.
4. FALTA DE DINHEIRO NÃO É DESCULPA
O que mais ouço nas empresas, principalmente nas pequenas e médias, é que não há recursos financeiros para implantar um programa de sustentabilidade. Não depende de dinheiro. O importante é a capacitação das pessoas e a gestão do processo.
Jaime Lerner, grande urbanista, ex-prefeito de Curitiba, diz sempre: “quer boas ideias, corte um zero do orçamento”.
O trabalho da Pastoral da Criança, indicado ao Prêmio Nobel da Paz, tem um custo mensal de R$ 1,66 por criança atendida!!!
5. USE POUCOS E BONS INDICADORES DE DESEMPENHO
O uso de indicadores de desempenho está na moda nas empresas. Assim, o que mais vemos hoje são sistemas com dezenas de indicadores, muitos dos quais irrelevantes e difíceis de medir.
A Pastoral da Criança usa apenas um indicador básico, simples e eficiente para medir o desempenho do trabalho: o peso da criança.
*Luiz Carlos Pôrto é engenheiro sanitário e diretor técnico da Silva Porto Consultoria Ambiental.
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