quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Brasil Lidera Combate à Fome Segundo Relatório da Action Aid

Action Aid

Segunda edição do documento posiciona o Brasil, novamente, como a nação que mais vem combatendo este problema


No dia 14 de setembro, uma semana antes da reunião de avaliação do progresso mundial em relação aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, na sede das Nações Unidas, em Nova York, a ActionAid lança a segunda edição do relatório Quem está realmente combatendo a fome? (PDF), estudo que traça um ranking dos países, desenvolvidos e em desenvolvimento, que mais têm combatido a fome no mundo. Pela segunda vez, o Brasil ocupa o primeiro lugar do grupo de países em desenvolvimento, principalmente, por ter conseguido atingir a meta de reduzir à metade a proporção de pessoas desnutridas e de crianças abaixo do peso em pouco mais de 10 anos.


O Brasil
A razão de indicar o Brasil como líder do placar está no fato de a cobertura de políticas do bem-estar ter sido significativamente ampliada nos últimos anos. Houve aumentos reais do salário mínimo e a expansão de um programa nacional de transferência de renda, introduzido em conjunto ao crédito subsidiado e a programas de compras governamentais que apoiam os pequenos agricultores. Tomadas simultaneamente, estas medidas tiveram impacto fundamental na redução da desigualdade brasileira.

“É inegável o avanço obtido pelas políticas sociais dos últimos anos, muitas das quais resultado de propostas e demandas históricas da sociedade civil. O Brasil conseguiu reduzir o número de pessoas vivendo em extrema pobreza de 21 milhões em 2003 para 8,9 milhões em 2008. Há previsões de que caso esse ritmo se mantenha nos próximos anos, a pobreza extrema deverá ser erradicada no pais até 2014”, afirma Rosana Heringer, diretora executiva da ActionAid no Brasil.

Embora as melhorias sejam visíveis e a meta tenha sido atingida, a organização aponta que ainda é preciso fazer mais investimentos na agricultura familiar, que produz 75% do que é consumido pela população. O programa de compra de produção dos agricultores, por exemplo, poderia ser ampliado se recebesse maior orçamento e se ganhasse mais agilidade nos repasses aos produtores.


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