O começo do horário de verão um ótimo exemplo de como, muitas vezes, só vemos a ponta do iceberg. É inevitável que nos concentremos primeiro no que está mais próximo e aparente. Nossas rotinas serão alteradas, literalmente, de uma hora para outra. Passaremos quatro meses tentando nos adaptar e, quando estivermos começando a gostar, passaremos de volta de outra hora para uma. Mas uma política pública para economia de energia elétrica é apenas a pequena ponta de um grande iceberg.
A verdadeira questão que tentamos tratar, hoje em dia no mundo inteiro, por meio de medidas como horário de verão, rodízio de carros ou racionamento de água, o verdadeiro iceberg, é que nosso modo de vida é inviável. Ou, numa expressão mais adequada mas já desgastada: insustentável. A todo momento somos bombardeados com abordagens catastróficas sobre aquecimento global, a escassez da água potável, a deterioração das relações sociais, pobreza, doenças, a extinção das espécies, o problema causado pelo lixo que produzimos. São tantas as informações e são tão graves que terminamos atônitos e paralisados. Ficamos anestesiados. Por outro lado, somos bombardeados com informações dispersivas como entretenimento ou propaganda. Temos dificuldade em ver a dimensão real do problema e nossa participação neste sistema.
De uma maneira simplificada, isso que estou chamando de modo de vida inclui uma linha de extração, produção, distribuição, consumo e descarte. O que compramos, comemos, vestimos, tudo que usamos passa por um fluxo similar a esse. Mas, sem fazermos muito esforço, conseguimos ver que esse sistema usa recursos que são limitados, finitos. Também é fácil ver como esses recursos são explorados ao ponto máximo. Se os recursos são finitios e os exploramos ao máximo, fica difícil não entender que esse sistema provoca danos ao meio ambiente e às pessoas. E no limite, a si mesmo.
Parecem questões distantes mas, na verdade, estão dentro de nossas casas e em nossas mãos. Faz tempo que se sabe que não há sustentabilidade possível sem a integração entre sociedade, meio-ambiente e economia (mesmo assim com sérias disputas sobre qual modelo de economia é sustentável). Há muito tempo que falar em sustentabilidade deixou de ser assunto para ambientalistas, ativistas ou (em boa hora) oportunistas de plantão. Horário de verão, apagão e contas de energia elétrica são pequenos exemplos. Mineração, agrotóxicos, impostos e previdência rural são exemplos melhores para Patrocínio.
Olhando com cuidado talvez cheguemos à conclusão de que todas as questões afetando a sustentabilidade estejam muito mais próximas do nosso cotidiano do que temos consciência. Olhando um pouco mais, veremos que temos muito mais capacidade de mudar a realidade do que admitimos. Mas não é porque vamos nos levantar no escuro durante o horário de verão que vamos deixar de ver o resto do iceberg.
A verdadeira questão que tentamos tratar, hoje em dia no mundo inteiro, por meio de medidas como horário de verão, rodízio de carros ou racionamento de água, o verdadeiro iceberg, é que nosso modo de vida é inviável. Ou, numa expressão mais adequada mas já desgastada: insustentável. A todo momento somos bombardeados com abordagens catastróficas sobre aquecimento global, a escassez da água potável, a deterioração das relações sociais, pobreza, doenças, a extinção das espécies, o problema causado pelo lixo que produzimos. São tantas as informações e são tão graves que terminamos atônitos e paralisados. Ficamos anestesiados. Por outro lado, somos bombardeados com informações dispersivas como entretenimento ou propaganda. Temos dificuldade em ver a dimensão real do problema e nossa participação neste sistema.
De uma maneira simplificada, isso que estou chamando de modo de vida inclui uma linha de extração, produção, distribuição, consumo e descarte. O que compramos, comemos, vestimos, tudo que usamos passa por um fluxo similar a esse. Mas, sem fazermos muito esforço, conseguimos ver que esse sistema usa recursos que são limitados, finitos. Também é fácil ver como esses recursos são explorados ao ponto máximo. Se os recursos são finitios e os exploramos ao máximo, fica difícil não entender que esse sistema provoca danos ao meio ambiente e às pessoas. E no limite, a si mesmo.
Parecem questões distantes mas, na verdade, estão dentro de nossas casas e em nossas mãos. Faz tempo que se sabe que não há sustentabilidade possível sem a integração entre sociedade, meio-ambiente e economia (mesmo assim com sérias disputas sobre qual modelo de economia é sustentável). Há muito tempo que falar em sustentabilidade deixou de ser assunto para ambientalistas, ativistas ou (em boa hora) oportunistas de plantão. Horário de verão, apagão e contas de energia elétrica são pequenos exemplos. Mineração, agrotóxicos, impostos e previdência rural são exemplos melhores para Patrocínio.
Olhando com cuidado talvez cheguemos à conclusão de que todas as questões afetando a sustentabilidade estejam muito mais próximas do nosso cotidiano do que temos consciência. Olhando um pouco mais, veremos que temos muito mais capacidade de mudar a realidade do que admitimos. Mas não é porque vamos nos levantar no escuro durante o horário de verão que vamos deixar de ver o resto do iceberg.
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