segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Compromisso, comprometimento, comportamento

Por Mônica Nunes

Recebi um email que dizia: "nós os comprometidos com a vida, com Patrocínio, com o País”, então comecei a refazer meus compromissos, um a um: o que realizei ou não, o que foi gratificante, o que ficou no meio do caminho e por que ficou.

Quando ouvimos a palavra compromisso logo pensamos em tarefas, responsabilidades, trabalho Segundo Wikipédia: "Compromisso é a forma, pública ou não, de se comprometer com alguém, com algum objetivo ou causa. Há diversos tipos de compromissos: compromisso religioso, compromisos amoroso, compromisso de negócios, etc. Ter um compromisso é marcar uma data, reunião, ter uma ligação, acordo firmado. Promessas solenes; contrato; dívida com prazo marcado; acordo político; convenção."

Assim estamos à toda hora comprometidos com alguém, com algum objetivo, com algum negócio.

Quantos compromissos já tomamos conhecimento e não assistimos a realização dos mesmos?

Quando assistimos certos fatos acontecerem e não superam os nossos desejos decepcionamos por um bom tempo. Agimos como o ditado “gato escaldado tem medo da água fria”.

De um professor você espera o compromisso de educar, ensinar, promover o ser humano.

De um advogado você espera que ele desenvolva seu trabalho segundo as Leis.

De um médico que ele tenha o compromisso de ser ético e humano no exercício profissional.

De um engenheiro que ele tenha conhecimento técnico para desenvolver seu trabalho com segurança e eficiência.

Poderia continuar citando outras profissões e situações. Mas o que mais tem me chamado atenção é o fato de algumas pessoas assumirem seus compromissos nos dando a impressão que se julgam isentos a todas as responsabilidades que a profissão ou situação exigem .O fato da pessoa trabalhar num setor que não é o da sua formação profissional não impede de desenvolver um trabalho comprometido.

É normal infelizmente diante de um acidente de trânsito aparecer gente de todo lado para assistir a cena ocorrida, onde o acidentado fica sobre cuidados, o envolvido tenta explicar que não teve culpa, mas ali naquela hora quem se compromete a desenvolver uma ação para evitar que outros acidentes aconteçam ?

Quantas vezes tivemos que passar por diversas pessoas até encontrar aquela que saberia responder a nossa simples pergunta :por favor onde eu encontro...?

Na Empresa já presenciamos a situação do funcionário não recolher um pedaço de papel atirado ao chão ,por que ele não é do setor de limpeza? Ou mesmo não lavar o copo ou xícara que utilizou por que não é função dele! Muitas pessoas repetem as mesmas funções todos os dias e não demonstram interesse em mudar, não querem se comprometer com mais nada além do que já estão acostumados a fazer, pertencem a famosa turma dos desacreditados ou isso não me atinge?

Quantos agem como um verdadeiro E.T. à espera da nave mãe?

É certo que cada um nasce com sua herança genética, recebe valores e conceitos, desenvolve preconceito, assume determinada verdade (nem sempre verdadeira), acomoda no jeito de viver, sofre desilusão, arrepende de sua escolha, participa ou não, expressa ou não sentimentos e esquece que hoje é preciso um comprometimento de todos.

Aqui acredito que entra uma palavra danada de complicada: comportamento. Alguns acreditam que ninguém muda o comportamento do outro, pode mudar no máximo o hábito. Outros acham que a motivação leva sim a uma mudança de comportamento desde que tenha gratificação.

Temos conhecimento que tem acontecido na zona rural e aqui na cidade reuniões para esclarecer, opinar, traçar, acreditar e executar ações relacionadas ao orçamento, plano diretor. A divergência de opiniões, a quantidade de pessoas presentes ou não, o compromisso de relizar ou não, enfim, nada passa da cabeça para o papel sozinho, é preciso a participação e o comprometimento das pessoas, de todos os segmentos. E por que com a realização de mais de 30 reuniões essa ideia ainda não cresceu?

Por que a grande maioria acha que não tem importancia, que esse "bolo " já está com todos os ingredientes prontos para assar, que tem gente sonhadora demais, que tem gente de fora, que alguém vai tirar proveito... enfim preferem desacreditar do que acreditar! Aí quando surge um espaço no bairro destinado ao lazer do idoso ou uma ciclovia vão fazer a pergunta: gastaram muito com essa obra ?

-VirgeMaria gastaram uma fortuna de fosfato, queimaram neurônios!

Quando estabelecemos nossos compromissos criamos um vínculo, uma união, a importância de se empenhar para fazer acontecer.

É como entrar num ambiente escuro e você tocar o interruptor e luz acontecer! É mágico, é gratificante, provoca internamente uma conexão de que é melhor continuar acreditando, comprometendo do que morrer reclamando, remoendo, "amarelando".

Nenhum comentário: