sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Mas por que não nos sentimos protegidos..?

Toda essa "inquietação" em torno da gripe suína demonstra o medo que temos diante do desconhecido e o quanto não confiamos nas autoridades deste País.

Nunca sabemos se o que é comunicado é totalmente verdadeiro ou a quem possa interessar que seja verdadeiro ou não. Já assistimos outras vezes a divulgação persistente de uma notícia para acobertar uma situação caótica (geralmente um escândalo envolvendo um político de destaque). Aí é dia e noite escutando sobre o mesmo assunto e distanciando do fato em si.

A informação é a de que, aqui no Brasil, a taxa de mortalidade (número de óbitos relativos à população) foi de 0,09 em cada 100 mil habitantes. A Austrália, considerado um país de economia avançada, classificado em terceiro no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU de 2007, apresenta uma taxa de morte de 0,46 por 100 mil habitantes. Pelo menos matematicamente falando, a situação do Brasil se apresenta sobre controle.


Mas por que não nos sentimos protegidos?

Por que temos conhecimento que o normal aqui no Brasil é tomar a providência que precisa ser tomada só depois que a situação apresenta se grave. Aliás, o normal aqui é PROIBIR no lugar de PREVENIR e INFORMAR.

Os noticiários muitas vezes confundem a população, mostram corredores lotados, grávidas desesperadas, médicos atarefados, gente em busca de uma orientação e a orientação não acontecendo de maneira esclarecedora, confundindo ainda mais.


Ambiente fechados, com aglomeração de pessoas como bancos, shows, igrejas, Pronto Socorro, salas de aula, são locais onde o vírus (caso exista) vai ser disseminado, podendo permanecer na superfície por 10 horas. Em locais ventilados, o vírus não sobrevive mais que uma hora.


Experimente passar pelo Pronto Socorro Municipal, seja de dia seja de noite. Se antes era lotado agora ficou super-lotado, uma vez que os acidentados são também conduzidos para lá.

Sem ventilação ideal, sem conforto, com o espaço físico no limite do limite, fica impossível proporcionar um atendimento seguro. O que poderia ser feito nessa situação? Trabalhar em conjunto com os outros hospitais, dividindo os atendimentos. Alguns vão dizer: mas são instituições diferentes? Sabemos que sim, mas TODOS criados com o compromisso de atender o paciente.

Nestas horas todos os profissionais da área de Saúde deveriam se unir para alcançar uma situação favorável ou seja ‘Gripe Suína aqui Não!’ Quem sabe desenvolvem um plano de ação que vai ser aproveitado, vira modelo em outros lugares?

O setor educacional poderia dividir as turmas de alunos, passando a carga horária para três horas, ou seja, uma turma de 07 às 10 horas, outra de 10 às 13 horas, o mesmo na parte da tarde, evitando turmas de 35, 42 alunos.


Temporariamente a carga horária seria modificada por uma razão especial: proteger as crianças, professores, funcionários, familiares da possível contaminação com o vírus.

Na merenda, muito líquido e atividades ao ar livre. Causa transtorno? Em primeira instância sim, mas previne a aglomeração, o ambiente fechado e essa tal gripe!

Outra ação inteligente seria, através do PROCON municipal, estabelecer um preço justo para a venda do Gel (farmacêutico). Por esses dias, além do sumiço do produto, devido à procura, o preço tende a aumentar (e já aumentou!). Quem não se lembra da história do Kit primeiros Socorros que, quando foi exigido e começou sendo vendido, 'pulou' de R$ 5,00 reais para R$ 30,00 em menos de 1 semana!

Se em Curitiba uma Igreja Batista tomou a iniciativa de realizar o culto online por que aqui continuamos aceitando uma situação onde não sabemos se existe suspeito, se existiu algum caso, se existe medicamento...

A informação ainda é o melhor caminho!


Mônica Othero Nunes

monica_nunes@terra.com.br

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