segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nem Beatles, nem Rolling Stones

Se você acha que para dizer Sim para Patrocínio é preciso, no mínimo, conviver com a música sertaneja... surpresa, você tem boa companhia:

Revista Trip
Música boa de doer
Dani Arrais, Marcelo Tas e Alexandre Inagaki dizem porque o sertanejo aquece seus corações

O sertanejo nunca deixa de fazer barulho, isso é fato. Shows das novas duplas estão sempre lotados, rádios tocam novos sucessos o tempo todo, reportagens na TV, jornais e revistas - inclusive na Trip - comprovam, de um jeito ou de outro, o poder e a força do jeito caipira de falar de amor. Mas o sucesso não traz ao sertanejo a aceitação de brinde. Por estas paragens urbanas, quem gosta de esquentar o coração com vibratos vigorosos é invariavelmente visto como alguém de mau-gosto; ou pior, não é levado a sério. O máximo de concessão é feita ao sertanejo 'de raiz', à 'música caipira' de Tonico & Tinoco, Pena Branca & Xavantinho, Tião Carreiro & Pardinho. Mas, se as referências de suas toadas ficaram em um distante passado bucólico, o mesmo não se pode dizer das duplas que deixaram o campo meio de lado e cantam a velha mas sempre atual dor-de-cotovelo.

Conversamos com três jornalistas e blogueiros que não tem vergonha de assumir que são verdadeiros fãs de música sertaneja. Descobrimos que seus namorados e namoradas os reprovam e amigos desacreditam quando eles dizem que gostam de verdade de Chitãozinho & Xororó e Zezé di Camargo & Luciano; que choraram vendo Dois Filhos de Francisco e que na maioria das vezes precisam ouvir suas músicas favoritas na solidão. Ainda assim, o consenso é de que o sertanejo tem o talento incontestável de traduzir as dores do amor como poucos gêneros. Nem Beatles, nem Stones: na hora da fossa ninguém entende melhor os dolorosos caminhos do coração.

Clique aqui para ler as entrevistas de Marcelo Tas, Alexandre Inagaki e Daniela Arrais.

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